Ao mesmo tempo que metroviários e ferroviários fazem greve em Natal e em
outras cinco capitais do país, motoristas e cobradores de ônibus da
capital do Rio Grande do Norte também paralisaram as atividades,
deixando a população sem transporte público.
Em Natal, os rodoviários estão em greve desde as 2h de segunda-feira
(14). Eles exigem reajuste de 14,3% no salário e de 10% no
vale-alimentação. O sistema de ônibus está 100% parado.
A saída para quem depende de transporte público na cidade são as vans
não oficiais. "[As duas greves] Afetaram demais a população. Pelo menos
os alternativos [vans] têm sido um paliativo", disse a diretora do
Sintro-RN (sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários),
Graça Batista.
"Está todo mundo na porta das garagens. Não estamos fazendo os 30% [exigidos por lei]", afirmou.
Segundo ela, as empresas de ônibus não vêm pagando o mesmo valor de
vale-alimentação (R$ 140) para motoristas e cobradores, conforme
acordado com a categoria no ano passado.
O diretor do Seturn (sindicato das empresas de ônibus de Natal), Augusto
Maranhão, disse que se reuniu ontem com grevistas e autoridades na
Procuradoria do Trabalho e que as empresas podem oferecer 6%, desde que o
aumento seja repassado ao preço da tarifa --que iria de R$ 2,20 para R$
2,30.
Maranhão afirmou que a equiparação dos vales-alimentação ainda está sob julgamento no Tribunal Superior do Trabalho.
METRÔS E TRENS
A greve dos funcionários da CBTU (Companhia Brasileira de Trens
Urbanos), ligada ao Ministério das Cidades, afeta ainda outras quatro
capitais --Belo Horizonte, Recife, Maceió e João Pessoa. Eles
reivindicam reajuste salarial de 5,1%, equivalente à reposição da
inflação. A CBTU não oferece nenhum reajuste.
Em Belo Horizonte e em Recife, que têm os maiores sistemas de metrô, os
trens só funcionam nos horários de pico --das 5h20 às 8h30 e das 17h às
19h30, na capital mineira, e das 5h às 9h e das 16h às 20h, na
pernambucana. No restante do dia não há viagens.
Em Natal, João Pessoa e Maceió, os trens operam em horário normal , mas fazem apenas 30% das viagens.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br
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