O diretor-geral do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem,
engenheiro Demétrio Paulo Torres, disse ontem que ainda serão
necessários pelo menos R$ 200 milhões para tocar as obras de
pavimentação de estradas no Rio Grande do Norte, cujas licitações, em
sua maioria, ocorreram ainda no governo passado, mas sem haver previsão
de recursos financeiros como garantia para os investimentos.
Carlos Costa/Jornal de fato
No Oeste do Estado, a RN-015, que liga Mossoró a Baraúnas, é uma das que esperam por serviços
Demétrio
Torres explica que, por determinação da governadora Rosalba Ciarlini,
grande parte das ordens de serviços dadas pelo governo desde meados de
2011, foram para retomadas dessas obras, "consideradas importantes" pelo
governo, mesmo que não tenha ocorrido o empenho de recursos para a sua
execução. Ele disse que ao assumir o DER só havia R$ 84 milhões em
caixa, dos R$ 300 milhões que foram tomados por empréstimo ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo governo
anterior. Parte desse dinheiro foram destinados a outros órgãos, como a
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e para a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Torres
explica que do ano passado para cá o atual governo deu autorização para
a retomada de 19 obras de pavimentação de rodovias estaduais, mas
outras ainda aguardam o aporte de recursos orçamentários para a sua
retomada.
Pelo menos duas estradas encontram-se paralisadas,
segundo Torres, porque esperava-se, no começo do ano, que o inverno
pudesse prejudicar o reinício das obras. Por isso, o recomeço das obras
ficou para o segundo semestre de 2012, que são a conclusão da subida da
estrada que liga a Serra do João do Vale a Jucurutu e a estrada de São
Tomé-Cerro Corá-Lagoa Nova.
O diretor-geral do DER afirmou que
até o fim de 2013, todas as estradas que estão com obras em andamento,
terão a pavimentação concluída. Com relação aos R$ 200 milhões que ainda
faltam para concluir as obras, ele informou que R$ 76,40 milhões já
estão garantidos pelo Ministério das Cidades para a pavimentação dos
acessos ao futuro aeroporto de São Gonçalo do Amarante, cuja licitação
deverá sair agora, em julho.
Para o segundo semestre, a previsão
é de que seja retomado o projeto da estrada ligando o Distrito
Industrial de Parnamirim ao bairro do Planalto, em Natal, no valor de R$
7,4 milhões, que também é considerada importante para desviar o
trânsito de veículos do centro da capital e ainda fazer a interligação
com o novo aeroporto.
Ele explicou que o governo já está
investindo R$ 27 milhões na construção de dois túneis da avenida Omar
O'Grady, que liga Cidade Satélite ao conjunto Candelária, "que não
estavam previstos" no projeto original licitado no governo passado.
Outra
obra que deve ser iniciada no segundo semestre deste ano o acesso à
barragem de Santa Cruz, um trecho de 6,5 quilômetros a partir da
BR-405, que liga a Apodi a Mossoró.
Demétrio Torres informou,
também, que o atual governo iniciou duas obras, a construção do acesso
ao distrito industrial de Mossoró e Baraúnas e ainda a duplicação da
RN-013, trecho urbano da Praia de Tibau (ligação Mossoró-Tibau). No caso
da primeira, a importância da obra deve-se a retirada do trânsito de
caminhões pesados, que transportam calcáreo, da malha viária urbana e no
segundo, melhora as condições de tráfego dentro de Tibau, que durante a
baixa estação tem cerca de 6 mil habitantes, mas veraneio contra com o
trânsito de 150 mil pessoas.
Natal entra em programa nacional de mobilidade
O
Governo estadual também anuncia a inclusão do Rio Grande do Norte no
'Programa de Mobilidade Grandes Cidades" lançado ontem pela presidenta
Dilma Rousseff, com a finalidade de melhorar a qualidade do transporte
urbano, combatendo o engarrafamento comum aos maiores centros.
Para
o Ministério das Cidades, são considerados grandes centros cidades com
população acima de 700 mil habitantes. No caso do RN, apenas Natal entra
nesse perfil, tendo o governo estadual priorizado, por exemplo, a
readequação da avenida Engenheiro Roberto Freire, a antiga estrada de
Ponta Negra; o complexo viário ligando a avenida Prudente de Morais à
BR-101 (entrada de Natal), um dos trechos onde o trânsito é mais
congestionado e os acessos para o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e
o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou Metrô de superfície que terá 14,5
Km, saindo da Estação da Ribeira até a Estação Nova Natal, na zona
Norte, perto da BR-101. Serão transportados 60 mil passageiros, por dia.
Todas essas obras envolvem recursos da ordem de R$ 459 milhões.
Desse
valor, investido em obras de mobilidade urbana, o Governo do Estado vai
bancar R$ 440 milhões, com financiamentos e recursos próprios. Já o
Governo Federal vai liberar do Orçamento Geral da União (OGU), a fundo
perdido, apenas o recurso de R$ 19 milhões para o metrô de superfície.
"Estamos
dando passos importantes para o transporte de massa. Os Estados e
municípios estão preocupados com a qualidade dos serviços", declarou a
Presidenta da República, ressaltando que é imperativo o Brasil investir
em metrô. Dilma Rousseff reconheceu que os Estados estão dando
contrapartidas expressivas dentro desse programa, que beneficiará 53
milhões de brasileiros.
FONTE E REDAÇÃO: http://tribunadonorte.com.br