Quando li a notícia de que alguns filhos de integrantes dos Beatles estavam pensando em montar uma banda — leia aqui
-, minha primeira reação foi de benevolência em relação a esta ideia.
Desde que a intenção seja tocar junto de modo despretensioso, fazer
discos e turnês sem almejar um estrelato instantâneo e histérico, não
vejo problema em aproveitar os laços que os unem e a bagagem genética de
cada um para tentar fazer um som bacana.
Como acredito que James McCartney, Sean Lennon e Dhani Harrison,
por serem filhos de quem são, também não estejam com problemas
financeiros — o mesmo vale para Zak Starkey, que tem uma carreira
consolidada como o atual baterista do que sobrou do The Who, além de já
ter passado pelo Oasis -, que mal há de formar uma banda e sair tocando e
gravando por aí? Notícias dizem até que se Zak não topar, outro filho
de Ringo Starr, Jason, que também é baterista, vai assumir o seu lugar.
Logo de cara, é preciso salientar que não há "zé-manés" envolvidos nesta história. Sean Lennon já tem uma carreira até que razoavelmente conhecida e legal, tendo gravado três discos solos bem interessantes — Into the Sun (1998), Half Horse, Half Musician (1999) e Friendly Fire (2006)
— e trabalhou ativamente com o grupo Cibo Matto e o guitarrista do
Strokes, Albert Hammond Jr., além de ter composto e gravado um monte de
trilhas de filmes e até mesmo produzido um disco do Soulfly, do Max
Cavalera, Primitive (2000).
Dhani Harrison surgiu para o show business
quando foi figura importantíssima — ao lado do produtor Jeff Lynne - no
processo de finalização das últimas gravações que George fez antes de
morrer em 2001, que resultaram no álbum Brainwashed, lançado no
ano seguinte. Ele também teve uma participação efetiva na banda que
tocou ao longo de todo o show que Eric Clapton organizou em homenagem ao
ex-Beatle, Concert for George. Recentemente, Dhani montou uma banda-projeto ao lado de Ben Harper, Fistful of Mercy, que lançou um disco bacana em 2010, As I Call You Down.
O menos famoso dos envolvidos é justamente o filho de Paul McCartney, James, que já tocou guitarra e violão em pelo menos dois ótimos discos do pai, Flaming Pie (1997) e Driving Rain (2001), além, de ter lançado alguns bons EPs. Dê uma sacada no som do cara acima…
Se o projeto vingar, tenho quase certeza de que será algo mais legal
que muitas bandas formadas por filhos de gente famosa que andaram — e
ainda andam — rondando por aí...
FONTE E REDAÇÃO: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mira-regis
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