O
assassino de F. Gomes, João Francisco dos Santos, o Dão, recebeu R$ 10
mil para matar matar o radialista no dia 18 de outubro de 2010. A
informação foi confirmada em coletiva de imprensa na manhã desta
terça-feira (8), onde a Polícia Civil repassou os últimos detalhes sobre
o caso da morte do radialista. O inquérito do Caso F. Gomes foi
concluído na semana passada. A delegada Sheila de Freitas, da Deicor, o
delegado-geral da Polícia Civil (Degepol), Fábio Rogério Silva e o
promotor criminal de Caicó, Geraldo Rufino conduziram a coletiva.
De acordo com as informações da Polícia
Civil, seis pessoas estão envolvidas na morte de F. Gomes: João
Francisco dos Santos foi preso no dia seguinte a morte do radialista,
acusado de ter realizado os disparos; Lailson Lopes, conhecido como o
“Gordo da Rodoviária”, é acusado de ser o mandante do crime. Além deles,
o advogado do “Gordo”, Rivaldo Dantas de Farias, Gilson Neudo Soares –
conhecido como “Pastor” -, o policial Militar Evandro Medeiros e o
coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira são acusados pela polícia de
terem participação no crime.
Segundo as informações da delegada
Sheila de Freitas, titular da Deicor e que investigou o caso, o Gordo da
Rodoviária entregou todo o esquema. “Desde o início, investimos em Lailson. Ele entregou todo o esquema, mas até hoje nega participação”, disse. A delgada ainda garantiu: “Todos têm participação no crime, mas o que tem a maior é o advogado Rivaldo Dantas”.
A motivação do crime foi realmente o trabalho que o radialista F. Gomes fazia, segundo informou a delegada “F. Gomes foi morto por causa do trabalho dele. Esse é o motivo do crime”,
disse Sheila de Freitas na coletiva. Entretanto, ela negou, a
princípio, que haja ligação com a denúncia realizada meses antes em
relação às eleições de 2010. “A morte de F. Gomes não teve
nada a ver com a denúncia que ele fez sobre a troca de votos por pedras
de crack. Mas ainda investigamos essa denúncia”.
Um dos fatores revelados pela delegada
na coletiva que mais surpreendeu a imprensa era a intenção do grupo de
matar todos os funcionários da rádio. “O plano inicial,
segundo Lailson, seria envenenar todos os funcionários da rádio Caicó,
onde F. Gomes trabalhava. O plano seria injetar veneno em pães, bolos,
sucos entregues diariamente por uma padaria que anuncia na rádio”, disse a delegada.
Dos dez mil reais que foram prometidos
pelo grupo a Dão, a Polícia dá conta de que R$ 8 mil (R$ 3 mil dados por
Lailson e outros R$ 5 mil do tenente-coronel Moreira) foram entregues.
Segundo Lailson, o dinheiro arrecadado pelo pastor Gilson para bancar o
crime foi retirado da igreja. A investigação também deu conta de que o
próprio Dão, autor dos disparos que mataram F. Gomes, foi quem levantou a
rotina do radialista.
Tribuna do Norte
FONTE E IMAGEM: http://wsantacruz.com.br/
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