Salvador Cabañas ocupou as primeiras páginas da imprensa mundial no dia
25 de janeiro de 2010. No momento em que brilhava com a camisa do
América do México e se preparava para disputar com o Paraguai a Copa do
Mundo da FIFA, o atacante se envolveu em uma briga no banheiro de um
bar. A discussão terminou da pior forma para o jogador, que levou um
tiro na cabeça.
Desde então, Cabañas passou por todas as etapas possíveis: cirurgias, internações em clínicas de reabilitação e terapias psicológicas. Mas valeu a pena, pois o atacante acaba de confirmar o retorno ao futebol profissional com a camisa do 12 de Octubre, clube que o viu nascer e que hoje disputa a terceira divisão paraguaia.
Ao mesmo tempo em que se dedicava a concluir o trabalho de recuperação, o artilheiro de 31 anos conversou com o FIFA.com sobre todos os temas: as sequelas do incidente, os sentimentos em relação ao México e o desejo de retornar à seleção paraguaia para disputar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
FIFA.com: Em primeiro lugar, parabéns pelo retorno. Com este exemplo você emocionou muita gente, e inclusive fora do futebol...
Salvador Cabañas: Obrigado. A verdade é que estou muito bem e muito feliz, tentando fazer bem as coisas para me recuperar rapidamente e ficar 100% para voltar aos gramados o quanto antes. Isso é o que eu mais quero.
Quantas vezes você sonhou com este momento nos últimos dois anos?
Muitas vezes, por muito tempo. E é incrível voltar a jogar justamente no clube onde comecei a carreira. Estão me dando a oportunidade de estar aqui, me abriram as portas para vir completar a recuperação e treinar. Por tudo isso sou mais do que grato.
Como aconteceu o seu retorno ao 12 de Octubre?
Tenho uma boa amizade com o presidente do clube (Luis Salinas), o que simplificou a negociação da minha vinda. Os meus companheiros são jovens que me viam jogar até recentemente e dizem que estão emocionados, que me admiram. Isso é muito importante, me sentir assim para terminar completamente a recuperação. Tomara que isso aconteça em breve.
O objetivo da equipe certamente é voltar à primeira divisão. E o objetivo de Salvador Cabañas qual é?
O mesmo. O objetivo da comissão técnica é subir para a primeira, e logicamente eu quero o mesmo. Isto me motiva. O futebol é a minha vida e está me dando outra oportunidade. Estou bem e vai ser muito importante concretizar esta meta.
O treinador é Rolando Chilavert, irmão do ex-goleiro José Luis Chilavert. Que importância tem a presença dele nesta etapa?
É muito importante. Neste momento é bom estar com ele, alguém que me conhece tão bem. Quero aproveitar para agradecer publicamente, tanto ao Rolando como a toda a equipe de trabalho dele, por esta oportunidade.
Os médicos lhe deram alguma recomendação especial para este retorno aos gramados?
Preciso ter cuidado para não cabecear bolas muito fortes, pois ainda tenho a bala alojada na cabeça. Por isso sigo trabalhando na minha recuperação. Quero estar 100% para voltar a jogar sem medo e com prazer.
Recentemente você manifestou que um dos seus objetivos é voltar à seleção paraguaia. Sabemos que é necessário avançar um passo de cada vez, mas você se imagina no Brasil 2014?
Sim, claro que sim. Por que não? Vai depender de mim. A seleção está sempre na minha mente e no meu coração. Farei todo o possível para voltar a vestir a camisa alvirrubra. Devo admitir que ultimamente tenho visto poucas partidas, mas sei que a equipe está muito bem. O treinador (Francisco Arce) tem muito a ver com isso, é um grande profissional. O importante é que os garotos trabalhem e se doem muito em campo.
Você tem acompanhado os atacantes da seleção paraguaia nos últimos dois anos? O que poderia dizer a respeito?
Sim, claro. Eu os conheço bem, mas não quero destacar apenas um jogador mais que os outros. Se estão lá é porque merecem, e precisamos deixar que trabalhem com tranquilidade.
Como você definiria a sua recuperação? É um milagre?
Sempre tive fé ao longo da minha vida. E isso é uma prova: pouquíssimas pessoas se salvam de algo como o que aconteceu comigo. Mas estamos aqui, de pé e com a família, que é o mais importante de tudo. Só quem já passou por algo assim sabe o que significa este momento.
O que essa experiência lhe ensinou? O que mudou em Salvador Cabañas como pessoa?
Sempre desfrutei da companhia da minha família, tanto da minha esposa como dos meus filhos. E agora continuo com a mesma postura. Mas quero agradecer a todos os paraguaios que oraram por mim e pela minha recuperação. Como jogador eu dei muitas alegrias a eles, e agora eles correspondem com pedidos e orações. Isso é algo lindo demais.
Com que lembranças você ficou do México? Assim como viveu aquele trágico incidente, também vivenciou coisas muito bonitas...
Ficaram muitas recordações, lindas recordações. Estive muito tempo lá e vivi coisas maravilhosas. O Jaguares me abriu as portas, e depois veio o América, que me deu tudo. Isso sem mencionar todos os amigos que fiz lá. Tenho as melhores lembranças do México.
Você voltaria a jogar lá se existisse essa possibilidade?
Claro que sim, eu adoraria. Vou fazer o esforço necessário para me recuperar totalmente e alcançar todos os objetivos possíveis. No América tive a sorte de viver uma homenagem recentemente, em que pude relembrar momentos maravilhosos com os amigos. Então não há muito a acrescentar, apenas eterna gratidão ao América.
Para nos despedirmos, gostaríamos de saber: a quem você vai dedicar o primeiro gol oficial com a camisa do 12 de Octubre?
O primeiro gol será para os meus pais, minha esposa, meus filhos e para um senhor que eu admiro muito: Horacio Cartes (presidente do Libertad). A verdade é que ainda não imagino como será esse gol, mas estou certo de uma coisa: assim que eu estrear, os gols começarão a chegar.
Desde então, Cabañas passou por todas as etapas possíveis: cirurgias, internações em clínicas de reabilitação e terapias psicológicas. Mas valeu a pena, pois o atacante acaba de confirmar o retorno ao futebol profissional com a camisa do 12 de Octubre, clube que o viu nascer e que hoje disputa a terceira divisão paraguaia.
Ao mesmo tempo em que se dedicava a concluir o trabalho de recuperação, o artilheiro de 31 anos conversou com o FIFA.com sobre todos os temas: as sequelas do incidente, os sentimentos em relação ao México e o desejo de retornar à seleção paraguaia para disputar a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
FIFA.com: Em primeiro lugar, parabéns pelo retorno. Com este exemplo você emocionou muita gente, e inclusive fora do futebol...
Salvador Cabañas: Obrigado. A verdade é que estou muito bem e muito feliz, tentando fazer bem as coisas para me recuperar rapidamente e ficar 100% para voltar aos gramados o quanto antes. Isso é o que eu mais quero.
Quantas vezes você sonhou com este momento nos últimos dois anos?
Muitas vezes, por muito tempo. E é incrível voltar a jogar justamente no clube onde comecei a carreira. Estão me dando a oportunidade de estar aqui, me abriram as portas para vir completar a recuperação e treinar. Por tudo isso sou mais do que grato.
Como aconteceu o seu retorno ao 12 de Octubre?
Tenho uma boa amizade com o presidente do clube (Luis Salinas), o que simplificou a negociação da minha vinda. Os meus companheiros são jovens que me viam jogar até recentemente e dizem que estão emocionados, que me admiram. Isso é muito importante, me sentir assim para terminar completamente a recuperação. Tomara que isso aconteça em breve.
O objetivo da equipe certamente é voltar à primeira divisão. E o objetivo de Salvador Cabañas qual é?
O mesmo. O objetivo da comissão técnica é subir para a primeira, e logicamente eu quero o mesmo. Isto me motiva. O futebol é a minha vida e está me dando outra oportunidade. Estou bem e vai ser muito importante concretizar esta meta.
O treinador é Rolando Chilavert, irmão do ex-goleiro José Luis Chilavert. Que importância tem a presença dele nesta etapa?
É muito importante. Neste momento é bom estar com ele, alguém que me conhece tão bem. Quero aproveitar para agradecer publicamente, tanto ao Rolando como a toda a equipe de trabalho dele, por esta oportunidade.
Os médicos lhe deram alguma recomendação especial para este retorno aos gramados?
Preciso ter cuidado para não cabecear bolas muito fortes, pois ainda tenho a bala alojada na cabeça. Por isso sigo trabalhando na minha recuperação. Quero estar 100% para voltar a jogar sem medo e com prazer.
Recentemente você manifestou que um dos seus objetivos é voltar à seleção paraguaia. Sabemos que é necessário avançar um passo de cada vez, mas você se imagina no Brasil 2014?
Sim, claro que sim. Por que não? Vai depender de mim. A seleção está sempre na minha mente e no meu coração. Farei todo o possível para voltar a vestir a camisa alvirrubra. Devo admitir que ultimamente tenho visto poucas partidas, mas sei que a equipe está muito bem. O treinador (Francisco Arce) tem muito a ver com isso, é um grande profissional. O importante é que os garotos trabalhem e se doem muito em campo.
Você tem acompanhado os atacantes da seleção paraguaia nos últimos dois anos? O que poderia dizer a respeito?
Sim, claro. Eu os conheço bem, mas não quero destacar apenas um jogador mais que os outros. Se estão lá é porque merecem, e precisamos deixar que trabalhem com tranquilidade.
Como você definiria a sua recuperação? É um milagre?
Sempre tive fé ao longo da minha vida. E isso é uma prova: pouquíssimas pessoas se salvam de algo como o que aconteceu comigo. Mas estamos aqui, de pé e com a família, que é o mais importante de tudo. Só quem já passou por algo assim sabe o que significa este momento.
O que essa experiência lhe ensinou? O que mudou em Salvador Cabañas como pessoa?
Sempre desfrutei da companhia da minha família, tanto da minha esposa como dos meus filhos. E agora continuo com a mesma postura. Mas quero agradecer a todos os paraguaios que oraram por mim e pela minha recuperação. Como jogador eu dei muitas alegrias a eles, e agora eles correspondem com pedidos e orações. Isso é algo lindo demais.
Com que lembranças você ficou do México? Assim como viveu aquele trágico incidente, também vivenciou coisas muito bonitas...
Ficaram muitas recordações, lindas recordações. Estive muito tempo lá e vivi coisas maravilhosas. O Jaguares me abriu as portas, e depois veio o América, que me deu tudo. Isso sem mencionar todos os amigos que fiz lá. Tenho as melhores lembranças do México.
Você voltaria a jogar lá se existisse essa possibilidade?
Claro que sim, eu adoraria. Vou fazer o esforço necessário para me recuperar totalmente e alcançar todos os objetivos possíveis. No América tive a sorte de viver uma homenagem recentemente, em que pude relembrar momentos maravilhosos com os amigos. Então não há muito a acrescentar, apenas eterna gratidão ao América.
Para nos despedirmos, gostaríamos de saber: a quem você vai dedicar o primeiro gol oficial com a camisa do 12 de Octubre?
O primeiro gol será para os meus pais, minha esposa, meus filhos e para um senhor que eu admiro muito: Horacio Cartes (presidente do Libertad). A verdade é que ainda não imagino como será esse gol, mas estou certo de uma coisa: assim que eu estrear, os gols começarão a chegar.
FONTE E REDAÇÃO: http://www.nominuto.com
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