Técnico blinda time e se diz culpado por má fase flamenguista

Com a derrota para o Corinthians, Flamengo chegou a seu sétimo jogo sem vitória no Campeonato Brasileiro
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Vanderlei Luxemburgo já sacou o zagueiro Welinton do time por conta de uma falha em um clássico contra o Vasco, quando foi expulso. Mas agora, após sete jogos sem vencer e a queda da vice-liderança para o quinto lugar, assegura que não vai expor nenhum jogador. Publicamente, se coloca como culpado.

"Botem a culpa no técnico. Estamos aquém do que podemos e sou o maior responsável pela atuações do Flamengo", definiu o treinador. "Que o Flamengo não consegue a mesma performance que teve anteriormente, que a equipe baixou de produção, está bem claro. Mas não vou chegar aqui e execrar meus jogadores. Eles são cobrados e sabemos o que precisa ser feito, mas é tudo internamente."

Luxemburgo usa esse discurso depois de admitir que se irritou com um "pum" soltado por um de seus comandados na preleção antes da derrota de domingo, para o Bahia, no Engenhão. A nova conversa, agora, deve ser sobre a postura defensiva que a equipe adotou no Pacaembu durante a virada sofrida diante do Corinthians, nessa quinta-feira."Até sofrermos o gol, vínhamos bem. Depois, recuamos. Vamos conversar dentro do vestiário para treinar e trabalhar", avisou Ronaldinho Gaúcho, embora o treinador tente minimizar em sua entrevista a atuação da equipe contra o líder e até a má fase do clube da Gávea no Brasileiro.

"Não é privilégio do Flamengo. O São Paulo também ficou sem ganhar, assim como o Corinthians, o Fluminense, o Botafogo... É um privilégio da competição. E com quatro, cinco vitórias, tudo muda. O Abel Braga, técnico do Fluminense estava sendo questionado e agora tudo mudou. O futebol é muito dinâmico e é gostoso por isso", comparou o técnico.

Luxemburgo fala como se não corresse nenhum risco de demissão. "Se eu não quiser pressão, vou trabalhar em equipe pequena. Já passei por isso em Flamengo, Corinthians, Palmeiras... Estou bem experiente e acostumado. Só é muito feio se forem em seu local de trabalho, no aeroporto ou ser cerceado de ir ao restaurante com a família. Aí é com o Ministério Público", afirmou, parecendo se antecipar a protestos da torcida.

FONTE: http://esportes.terra.com.br